O MAPA em Cordel*

 

Corria os anos sessenta

dos anos de oitocentos

o Brasil era império

e tirava seu sustento

de uma boa agricultura

do café tirava o alento.

 

Nesse ano, foi criada

a grande secretaria

para zelar pelas obras

e também mercadorias

junto com a agricultura

que tinha muita valia.

 

Eram tempos diferentes daqueles que hoje vivemos,

pois, agora, há direitos

que todos nós defendemos:

terra, trabalho e pão

foi o que nós escolhemos.

 

Passa dia, passa mês,

passaram setenta anos

veio o Getúlio Vargas,

em 30, não teve engano

criou forte ministério

agricultura soberana.

 

Tudo passou pela pasta

até a reforma agrária

café, borracha e álcool,

sem falar da pecuária.

Hoje, com o agronegócio,

faz a riqueza primária.

 

Mas nossa maior riqueza,

além da que vem do chão,

vem dos nossos servidores,

que dedicam o coração

a plantar mais esperanças

em nosso amado rincão.

 

Cento e cinquenta anos

e mais cinco o Mapa faz

podia ser ancião,

mas tem força de rapaz

dê mais século e meio

e ele mostra o que é capaz.

João Bosco Bezerra Bonfim, poeta e cordelista